Variações na taxa metabólica do Cichlidae Apistogramma agassizii frente à reoxigenação após exposição à hipóxia.

                                     Os ambientes aquáticos amazônicos apresentam diferentes desafios ambientais aos organismos que neles habitam, levando-os ao desenvolvimento de diversos mecanismos adaptativos. Entre esses mecanismos adaptativos, observam-se alterações comportamentais, morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e genéticas frente à hipóxia. Nos diferentes rios, lagos, igarapés, praias, várzeas e igapós, a concentração de oxigênio é bem conhecida, variando de 15 a 30% de saturação na maioria destes, envolvendo ainda variações diárias e de acordo com o ciclo das águas. Estudos apontam que exposição a níveis críticos de um estressor, como é o caso da hipóxia, pode favorecer, em alguns organismos, o desenvolvimento da tolerância as variações na saturação de oxigênio, assegurando ajustes metabólicos que permitem a sobrevivência dos animais. Assim, este trabalho tem como objetivo compreender como esses animais regulam a sua respiração e em que momentos são feitos ajustes no metabolismo celular aeróbico e anaeróbico.