
Ana Claudia Oliveira da Silva
Publicado dia 20 de ago de 2021 às 19:51
Alterações na taxa metabólica do Cichlidae Apistogramma agassizii frente a variações de oxigênio dissolvido
Autor: Kerollayne Costa da Silva Posição: Iniciação Científica – INPA Fonte Financiadora: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas – (FAPEAM)/INCT-ADAPTA II

Os ambientes aquáticos amazônicos apresentam diferentes desafios ambientais aos organismos que neles habitam, levando-os ao desenvolvimento de diversos mecanismos adaptativos. Entre esses mecanismos adaptativos, observam-se alterações comportamentais, morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e genéticas frente à hipóxia. Hipóxia é caracterizada por baixos níveis de oxigênio no ambiente. Nos diferentes ambientes aquáticos amazônicos, como rios, lagos, igarapés, praias, várzeas e igapós, a saturação de oxigênio é bem conhecida, variando de 15 a 30% na maioria dos lagos com influência das variações diárias e sazonais. Durante a cheia, observa-se uma redução nos níveis de oxigênio, criando ambientes hipóxicos ou anóxicos, enquanto no período de seca, observa-se maior concentração dos níveis de oxigênio, com exceção dos ambientes com acúmulo de macrófitas. Diversos trabalhos mostram que, além da redução no consumo de oxigênio, algumas espécies de peixes ativam, concomitantemente, o metabolismo anaeróbico celular quando expostas à baixas saturações de oxigênio ou mesmo a ausência do oxigênio (anoxia). Deste modo, este trabalho tem como objetivo compreender como que, durante e após a exposição à hipóxia, a espécie Apistogramma agassizii (Figura 1) regula a sua respiração e em que momentos são feitas as trocas no metabolismo, de aeróbico para anaeróbico.