
Ana Claudia Oliveira da Silva
Publicado dia 17 de jun de 2021 às 10:00
A importância da plasticidade fenotípica nas respostas às mudanças climáticas: Uma análise interpopulacional
Autor: DEREK FELIPE DE CAMPOS Posição: Pós-Doc Financiamento Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM/INCT ADAPTA II (FIXAM V – FAPEAM - ADAPTA)

Animais ectotérmicos são particularmente vulneráveis às mudanças na temperatura ambiente,
porque isso influencia diretamente sua temperatura corporal e metabolismo. Espera-se, portanto, que os ectotérmicos se adaptem às mudanças
climáticas por meio de plasticidade fenotípica ou mudanças evolutivas em uma ampla gama de características fisiológicas, morfológicas e
comportamentais. A maioria dos estudos abordam os efeitos das mudanças climáticas sobre a plasticidade fenotípica em experimentos laboratoriais. No entanto, as
capacidades adaptativas intergeracionais têm sido negligenciadas. O presente trabalho
teve como objetivo
investigar as consequências adaptativas e de plasticidade fenotípica em populações naturais
de Brychonops giacopinii (Figura 1). Para isso, nós investigamos a taxa metabólica e a
tolerância térmica em populações que habitam diferentes habitats térmicos ao longo da BR-174. Os resultados mostram que
não há diferenças na fisiologia respiratória e tolerância térmica
entre as populações, sugerindo que não há adaptação
local. No entanto,
expostos a um aumento da temperatura as populações aumentam o metabolismo aeróbico, sugerindo
que a plasticidade fenotípica é um importante
mecanismo para as populações naturais sobreviverem ao aumento da temperatura.